segunda-feira, 27 de abril de 2009

Idade Média (parte 1) - Os Francos

Farei aqui um breve resumo do que vimos em sala de aula. A Idade Média tem início quando o Império Romano do Ocidente chega ao fim, em 476, e cada povo que o atacou toma uma parte para si e forma seu reino. Daí surgem os reinos dos ostrogodos, dos vândalos, dos lombardos e muitos outros, mas quase nenhum deles conseguia se manter por muito tempo, devido às guerras entre eles mesmos e a invasões de outros povos.

Os "bárbaros" que mais se destacaram foram os francos, na área onde hoje se localiza a França. Clóvis unificou as diferentes tribos francas e iniciou a dinastia merovíngia. Durante muitas gerações eles governaram os francos, mas com o tempo alguns reis relaxaram e deixaram o comando do reino nas mãos de funcionários chamados prefeitos do palácio. Estes foram cada vez mais ganhando poder, até que destituíram os merovíngios e iniciaram uma nova dinastia, a dos carolíngios.

Carlos Magno

O principal rei carolíngio foi Carlos Magno, que expandiu o império e fechou um acordo com o papa: em troca de apoio da religião mais forte da Europa, ele se comprometia a converter todos os povos que ele conquistasse (mesmo que utilizando-se de violência), e foi coroado pelo próprio papa no ano 800. E uma curiosidade sobre Carlos Magno: ele não sabia ler ou escrever! Apesar disso, no seu reinado foi dada muita importância à educação, para que se formassem pessoas capazes de ajudá-lo na administração de seu vasto território. Por conta disso, só os nobres tinham acesso à educação. A grande maioria da população era analfabeta.


Coroação de Carlos Magno. Ao lado, sua coroa.


Essas pessoas que ajudavam na administração eram marqueses, condes e duques, que cada vez mais ganhavam poder em suas terras. Depois de alguns séculos, isso ia fazer com que a Europa mudasse.

Uma situação bastante interessante na época de Carlos Magno era a ação dos monges copistas. Eles eram responsáveis pela reprodução dos livros, e como não havia máquinas de Xerox ou impressoras, eles tinham que copiar tudo com suas próprias mãos! Um deles ditava e os outros escreviam, imagine só quantas tardes eles não passavam só fazendo isso!


Monges copistas.

Quando Carlos Magno morreu, seus sucessores acabaram lutando pelo poder, e o reino foi dividido em três, o que o enfraqueceu. Na mesma época, vários povos atacavam o território carolíngio, e os senhores de cada região recebiam recompensas para lutarem contra os invasores. Isso enfraquecia cada vez mais o rei, que perdia com estas doações. Começava então a época do feudalismo.

domingo, 12 de abril de 2009

Descobertas dezenas de múmias em necrópole do Egito

No ano passado, vocês estudaram sobre o Egito Antigo, lembram? Hoje eu descobri uma reportagem no site do yahoo sobre múmias descobertas recentemente, aí está ela transcrita:



CAIRO, Egito (AFP) - Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu, no sul do Cairo, um cemitério com dezenas de múmias pintadas de turquesa, ocre e dourado, algumas delas de 4.000 anos, anunciou o diretor de antiguidades egípcias, neste domingo.

"A missão encontrou dezenas de múmias em 53 tumbas cavadas na rocha", disse Zahi Hawass à AFP, acrescentando que "quatro das múmias remontam à 22ª dinastia (931-725 a.C.) e são consideradas das mais belas múmias já descobertas".

Segundo ele, outras datam do Médio Império (2061-1786 a.C.).

As múmias, cobertas de linho, estão bem conservadas.

A necrópole foi descoberta perto da pirâmide de Ilahun, no Fayum, sul do Cairo.

De acordo com o chefe da equipe, Abdel Rahme el Ayedi, também foi descoberta uma capela funerária, que serviu, provavelmente, até a época romana (30-337 a.C.).

A equipe encontrou ainda 15 máscaras pintadas, além de amuletos e cerâmicas.

Como vocês podem ver, até hoje os historiadores descobrem coisas de 4000 anos atrás. É por isso que a História está constantemente sendo escrita e desvendada.

E uma perguntinha básica: você se lembra porque as pessoas no egito Antigo eram mumificadas? E quem eram as pessoas que tinham acesso a este procedimento depois que morriam? Quem responder primeiro corretamente as duas perguntas vai ganhar 0,5 ponto na matéria!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Povos Bárbaros - dicas divertidas

Agora que já vimos quem eram os povos bárbaros, está na hora de algumas dicas sobre onde encontrar histórias divertidas sobre eles.

Existem dois personagens de quadrinhos muito famosos que foram inspirados nos bárbaros da história. Um deles é o Asterix, um guerreiro da Gália (onde hoje é a França) que luta contra o Império Romano tomando uma poção mágica que aumenta suas capacidades.


Asterix, Obelix e o cão.

As estórias do Asterix podem ser encontradas em qualquer livraria e em muitos sebos a preços razoáveis (nas livrarias cada livro custa geralmente 25 reais, mas nos sebos encontra-se mais barato). Além das histórias em quadrinhos, o personagem também já participou de diversos desenhos animados e filmes, que também são vendidos nas livrarias.

As estórias de Asterix são recomendadas para meninos e meninas de todas as idades. Os temas são leves e as tramas cheias de diversão.


Cena de um dos filmes de Asterix.

Outro bárbaro famoso é o Conan. Diferente de Asterix, suas estórias não se passam no mundo real, mas o personagem tem características semelhantes aos bárbaros da vida real. Ele nasceu em uma região desolada e quando cresceu, saiu pelo mundo em busca de aventuras e enfrenta desde feiticeiros malignos até monstros gigantes.


Gibi do Conan.

As revistas do Conan são publicadas no Brasil há mais de 20 anos, e são facilmente encontradas em sebos, por preços muito acessíveis entre 1 e 2 reais. Em Caxias, talvez dê para encontrar no centro, próximo ao calçadão. Outra opção são os sebos no centro do Rio.

Além dos gibis, Conan também protagonizou dois filmes muito famosos na década de 1980, estrelados pelo astro Arnold Schwarzenegger.


Cena de um dos filmes do Conan.

Conan é um personagem mais recomendado para meninos, pois as estórias mostram batalhas e situações mais sombrias.

Povos Bárbaros

Hoje em dia, "bárbaro" nos lembra alguém cruel, bruto, destruidor, não é mesmo? De onde será que vem este termo?



Quem inventou o termo foram os gregos, que chamavam de bárbaro todos os que eram estrangeiros, porque entendiam sua linguagem como "bar-bar-bar".

Os povos que atacaram o Império Romano também eram chamados pelos cidadãos romanos de "bárbaros", que significava alguém que não era romano, ou não fazia parte da civilização romana. Porém os povos bárbaros não formavam um único povo. Entre eles havia muitas diferenças, a começar pelos nomes: francos, godos, vândalos, etc. Inclusive o nome "vândalo" faz parte de nosso vocabulário, significando alguém que destrói o patrimônio público. Certamente a origem desse termo vem daquela época.



O motivo principal das invasões bárbaras foi a pressão que eles mesmos fizeram uns aos outros: com o ataque dos chamados hunos, os outros povos tiveram que fugir para outras terras, e encontrando o Império Romano fragilizado, aproveitaram para invadi-lo.

Depois das invasões, cada povo se estabeleceu em alguma parte do que era o Império Romano, mas quase todos eram breves, porque entravam em guerra entre si e não tinham forças para resistir a outras invasões. Os francos foram os que mais se destacaram, formando um grande império, tema do próximo assunto aqui no blog.


Guerreiros francos.