O rei teve que ceder cada vez mais feudos para os que reuniam exércitos para lhe ajudar, e com isso perdia cada vez mais poder, até que se chegou a um ponto em que ele era, na prática, mais um entre tantos senhores feudais. Este processo tomou força após a morte de Carlos Magno e a decadência do Império Carolíngio, último momento de centralização do poderna Idade Média.
Exemplos de fortificações da Idade Média
A pessoa que cedia o feudo era chamada de suserano, enquanto quem recebia era o vassalo. O vassalo jurava fidelidade a seu suserano e auxílio em caso de guerras. Um vassalo podia ceder parte de seus domínios a outro vassalo, e assim tornava-se suserano deste, mas continuava vassalo de seu suserano.
Com receio das invasões, o povo fugia das cidades e buscava refúgio nos feudos protegidos por muralhas. Como forma de pagamento, trabalhavam como servos para os senhores feudais, e deviam diversas obrigações, como a corvéia (trabalho nas terras do senhor), a talha (entrega de parte da produção para o senhor) e as banalidades (pagamento pelo uso de instrumentos e bens do feudo, como o moinho), além do dízimo para a igreja... Os camponeses não tinham a terra como propriedade e eram obrigados atrabalhar para o senhor, mas não eram escravos, pois não podiam ser vendidos. Enquanto isso, os senhores feudais não trabalhavam, pois sua função na sociedade era defender o povo, lutando contra os invasores. Aliás, só mesmo os mais ricos tinham condições de ter armamentos e armaduras de metal, que eram muito caros.
A outra parte da sociedade era o clero, que representava as pessoas ligadas à igreja. Cada uma desses três grupos tinha uma função na sociedade: o clero orava, pois acreditava-se que se não houvesse ninguém para dedicar suas vidas neste sentido, o mal dominaria o mundo; a nobreza lutava para defender os cristãos dos invasores infiéis; e os servos trabalhavam para sustentar a todos. Uma parcela à parte era a dos mercadores, que se arriscavam nas perigosas estradas. Este trabalho era tão arriscado que poucos o faziam, e cada feudo geralmente só tinha oportunidade de receber produtos externos poucas vezes por ano (às vezes até menos), e por isso tinham que produzir quase tudo que precisavam. Por isso diz-se que os feudos eram auto-suficientes.
E um detalhe final: o feudalismo variou bastante de acordo com as regiões e épocas na Europa. Não podemos afirmar que existiu da mesma forma na França, na Itália ou na Rússia, por exemplo.
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